20080117 |
abandono. não percebo porque sou vedado a tudo o que é normal para todos os outros. não percebo porque a vida passa por mim sem me proporcionar as coisas que eu mais desejava que acontecessem. sinto que tudo passa por mim, sem parar, sinto-me... sinto-me um comboio que não pára em estação nenhuma, e que tem como etapa final a morte, e que se aproxima, no seu passo rápido, sem paragens, sem se deter, do seu destino. e é uma viagem sem volta, ao contrário do que é normal.
rabiscado na parede, ao lado de outros 1 gatafunhos.o meu corpo apodrece a cada dia que passa, a minha mente vai-o abandonando a cada segundo. até que, um dia, não mais serei eu, não mais serei dono de mim mesmo, serei alguém ainda mais fechado na sua prisão, enquanto o meu corpo se vai arrastar, como um zombie, pelo mundo fora, até que haja alguém que acabe com o nosso sofrimento e faça o comboio chegar à sua estação terminal. tenho saudades de nós. vem. |
companheiros de cela.
apenas o meu encarcerador
créditos.
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parede.
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