20070306 |
desorientado. vivo numa prisão. uma prisão sem barras ou cadeados, uma prisão sem guardas ou regras. cumpro uma pena sem saber porquê, sem saber quem me condenou, sem saber quem me acusou. vivo numa prisão, mas uma prisão que não é real. ou é só para mim, já nem sei. vivo... já nem sei se vivo. ao passar os dias cada vez mais me convenço de que já não vivo, apenas respiro e ocupo um lugar predestinado a alguém com mais possibilidades de sobrevivência...
rabiscado na parede, ao lado de outros 0 gatafunhos.o que quero eu? o que ambiciono? gostava de, ambicionava poder sair daqui, mas o problema é não saber o que é "aqui", onde é "aqui"... encontro-me perdido na incerteza e na dúvida, tendo como companheiras a escuridão e a nostalgia. quero fugir e não posso, quero correr, saltar, esconder-me, ser um prisioneiro em fuga, inconformar-me, rebelar-me... mas rebelar-me contra o quê? que colete de forças é este em que estou enfiado, em que fui enfiado? como posso eu escapar-me a algo que nem sequer consigo definir? como conseguir o que quero se nem forças tenho para saber quem sou eu? "tic, tac, tic, tac..." o tempo não é bom conselheiro.
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companheiros de cela.
apenas o meu encarcerador
créditos.
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parede.
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