20060324 |
morto. nada mais há a fazer. por mais que lute, é como tentar remar contra a maré. o meu corpo nega-se, mas a minha mente já se conformou. estou morto. não é por ainda palpitar o meu coração, por ainda funcionarem os meus pulmões, que me faz sentir a vida como uma pessoa normal. os meus sentidos estão dopados, as minhas ideias esfumaram-se; sou um autómato que apenas respira, inactivo, sem vontade própria. a vida cuspiu-me para este buraco para morrer, primeiro triturando a minha mente, depois apodrecendo o meu corpo. porquê viver assim?
rabiscado na parede, ao lado de outros 0 gatafunhos.anseio pela vinda da senhora de negro. quase imploro por isso... que ela acabe com a minha agonia. que me importa que me metam nas penas infernais? estou farto deste buraco, desta tortura, desta cela fria e húmida, de paredes decoradas a sangue e tinta preta. ao menos... bom, ao menos lá faz calor.
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companheiros de cela.
apenas o meu encarcerador
créditos.
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parede.
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