20060129 |
saudades. não passas de uma memória distante. já me esqueci do teu nome, mas ainda consigo recordar as tuas formas, os teus traços, a tua cara, o teu sorriso. porém, perdeste-te no turbilhão que me envolveu e me arrastou para este buraco escuro e lúgubre. conseguiste sair a tempo da teia que nos envolvia, e pudeste prosseguir com a tua vida. fomos separados pelas circunstâncias, meu amor, e presos em celas diferentes, se bem que a tua não tem grades, nem fechaduras, nem guardas. se me deixassem sair daqui, talvez pudesse consertar tudo, salvar-te do teu cárcere e relembrar e reviver os momentos que passámos juntos. mas tudo isso não passa de um sonho. nunca mais te verei, por muito que o queira, porque nunca serás autorizada a vir até mim. ninguém o deixará. a única companhia que me deixam ter é a da campaniça. todos nos temem... todos nos temem juntos. por isso nos isolaram. mas, nem que depois de morto, eles pagarão por tudo. e aí... talvez aí... estejamos juntos novamente.
rabiscado na parede, ao lado de outros 3 gatafunhos.
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companheiros de cela.
apenas o meu encarcerador
créditos.
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parede.
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